domingo, 21 de novembro de 2010
Fisiologia da Gravidez
1. INTRODUÇÃO
A fecundação do óvulo ocorre geralmente, na primeira porção da trompa de Falópio. Um único espermatozóide atravessa sua membrana carregando consigo 23 cromossomos não pareados. Imediatamente, esses cromossomos isolados combinam-se com os outros 23 cromossomos , também não pareados que existem nesse óvulo, passando a formar um complemento normal de 46 cromossomos , dispostos em 23 pares . Isso dá início ao processo de multiplicação celular, cujo resultado final é o desenvolvimento de uma criança.Durante as primeiras semanas após a implantação do ovo, sua nutrição vai depender da digestão trofoblástica e da fagocitose do endométrio. Contudo em torno da 12ª semana de gravidez, a placenta já se desenvolveu o suficiente para que possa, daí por diante suprir todos os nutrientes que forem necessários. A placenta é formada por um componente materno que é formado por grandes e múltiplas camadas chamadas de seios placentários por onde flui continuamente o sangue materno, e por um componente fetal que é representado , principalmente por uma grande massa de vilosidades placentárias que proeminam para o interior dos seios placentários e por cujo interior circula o sangue fetal. Os nutrientes difundem desde o sangue materno através da membrana da vilosidade placentária para o sangue fetal, passando por um meio da veia umbilical para o feto. Por sua vez ,os excretas fetais como o gás carbônico, a uréia e outras substâncias ,difundem do sangue fetal para o sangue materno e são eliminados para o exterior pelas funções excretoras da mãe.A placenta secreta quantidades extremamente elevadas de estrogênio e de progesterona , cerca de 30 vezes mais estrogênio do que é secretado pelo corpo lúteo e cerca de 10 vezes mais progesterona . Esses hormônios são muito importantes na promoção do desenvolvimento fetal. Durante as primeiras semanas de gravidez , um outro hormônio também secretado pela placenta ,a gonadotropina coriônica ,estimula o corpo lúteo, fazendo com que continue a secretar estrogênio e progesterona durante a primeira parte da gravidez .Esses hormônios do corpo lúteo são essenciais para a continuação da gravidez ,durante as primeiras 8 a 12 semanas, mas, após esse período a placenta secreta quantidades suficientes de estrogênio e progesterona para assegurar a manutenção da gravidez.Ao término de aproximadamente nove meses de crescimento e de desenvolvimento, uma criança completamente formada é expulsa do útero pelo processo da parturição .Embora a causa precisa da parturição não seja conhecida, parece resultar, fora de qualquer dúvida, de fatores tais como (1) estimulação mecânica do útero pelo feto em crescimento e (2) alterações na intensidade de secreção dos hormônios placentários, em especial ,do estrogênio e da progesterona.
2.HORMÔNIOS DA GRAVIDEZ
Os hormônios desempenham um papel muito importante na gravidez .A maior parte desses hormônios é secretada pela própria placenta . Dois desses hormônios são o estrogênio e a progesterona ,os dois hormônios sexuais femininos que são secretados pelos ovários durante o ciclo menstrual feminino normal. Entretanto dois outros hormônios também importantes e, até mesmo necessários para a gravidez são a gonadotropina coriônica e a somatomamotropina coriônica humana. Esses hormônios atuam tanto sobre a mãe quanto sobre o feto. Na mãe ajuda a controlar as alterações do útero e das mamas que são necessárias para assegurar a vida fetal até seu desenvolvimento e de promover a produção de leite. Também ajudam a regular o desenvolvimento do próprio feto, especialmente de seus órgãos sexuais.
3.SECREÇÃO DE ESTROGÊNIO E PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ
As quantidades de estrogênio e progesterona secretadas pelo corpo lúteo aumentado , são , em si mesmas, pequenas , quando comparadas às quantidades desses dois hormônios que serão secretadas pela própria placenta. A secreção placentária desses dois hormônios começa dentro de poucas semanas após o início da gravidez e aumenta , de forma especialmente rápida, após a décima sexta semana de gravidez , atingindo o seu máximo pouco antes do nascimento do feto. A secreção de estrogênio aumenta cerca de 30 vezes , e a de progesterona cerca de 10 vezes, em relação às quantidades secretadas durante o ciclo menstrual normal. Funções do estrogênio durante a gravidez: Na mãe provoca rápida proliferação da musculatura uterina, aumento muito acentuado do crescimento do sistema vascular para o útero, dilatação dos órgãos sexuais externos e do orifício vaginal, o que provê uma via adequadamente maior para a passagem do feto, e provavelmente também certo grau de relaxamento dos ligamentos pélvicos que permitem a dilatação do canal pélvico com passagem do feto.Além desses efeitos sobre os órgãos reprodutivos , o estrogênio também promove o crescimento rápido das mamas. Em especial os ductos ficam muito aumentados e as células glandulares aumentam de número. Finalmente o estrogênio promove a deposição , nas mamas de quantidade adicional de gordura, em torno de meio quilo.
4.FUNÇÕES DA PROGESTERONA DURANTE A GRAVIDEZ
A primeira função da progesterona durante a gravidez é a de tornar disponíveis para o uso fetal as quantidades adicionais de nutrientes que ficam armazenadas no endométrio .Isso é realizado para fazer com que essas células do endométrio armazenem glicogênio , gorduras e aminoácidos. Além disso, a progesterona exerce potente efeito inibidor sobre a musculatura uterina, fazendo com que permaneça relaxada durante toda a gravidez. A progesterona complementa os efeitos do estrogênio sobre as mamas. Faz com que os elementos glandulares fiquem ainda maiores e formem um epitélio secretor, e promove a deposição de nutrientes nas células glandulares , de modo que , quando a produção de leite for necessária , todos os elementos que devem participar dessa produção estejam disponíveis.
5.SECREÇÃO E FUNÇÃO DA GONADOTROPINA CORIÔNICA DURANTE A GRAVIDEZ
Se o corpo lúteo degenera ou é removido do ovário durante os 2 ou 3 primeiros meses de gravidez, a perda de estrogênio e progesterona que são secretados por este corpo lúteo faz com que o feto pare de se desenvolver e seja eliminado dentro de poucos dias. Por esta razão é necessário que o corpo lúteo permaneça ativo , pelo menos , durante o primeiro terço da gravidez. Além desse período , a remoção do corpo lúteo geralmente não mais afeta o curso da gravidez, devido a que, a esse tempo a placenta já está secretando tanto estrogênio e tanta progesterona quanto estaria o corpo lúteo.A gonadotrofina coriônica começa a ser formada a partir do dia em que os trofoblastos implantam no endométrio uterino. Sua concentração é máxima aproximadamente durante a oitava semana de gravidez. Dessa forma sua concentração é mais elevada exatamente no período em que é essencial impedir a involução do corpo lúteo. Nas partes média e tardia da gravidez, a secreção da gonadotropina coriônica cai até valores muito menores. A essa época da gravidez , sua única função conhecida e a de estimular a secreção de testosterona pelo testículo fetal e tem papel muito importante no desenvolvimento do feto masculino.
6.SECREÇÃO E FUNÇÕES DA SOMATOMAMOTROPINA CORIÔNICA HUMANA
Recentemente foi descoberto um hormônio a que foi dado o nome de somatomamotropina coriônica humana . É uma proteína pequena que começa a ser secretada a partira da quinta semana da gravidez, aumentando progressivamente durante todo o resto da gravidez.Estudos experimentais com a somatomamotropina coriônica têm mostrado que, quando administrada em grandes quantidades, pode promover o desenvolvimento das mamas, razão usada para justificar o seu primeiro nome - lactogênio placentário. Entretanto no ser humano acredita-se que essa função seja extremamente fraca, o que explica a mudança de seu nome.Um segundo efeito desse hormônio é o de promover o crescimento do feto, semelhante ao efeito do hormônio do crescimento, produzido pela hipófise anterior. Contudo esse efeito também é fracoFinalmente os estudos mais recentes têm indicado que esse hormônio tenha suas mais importantes ações sobre o metabolismo da glicose e das gorduras da mãe , ao invés de sobre o feto. Esse hormônio diminui a utilização de glicose pela mãe, e, portanto, a torna mais disponível, e em maior quantidade, pelo feto. Ao mesmo tempo promove uma mobilização aumentada de ácidos graxos dos tecidos adiposos da mãe, de modo que possa usar essa gordura para sua própria energia, em lugar da glicose. Visto que a glicose é o principal substrato usado pelo feto para energia , a importância desses efeitos hormonais é óbvia.Dessa forma , parece ,atualmente que a somatomamotropina coriônica humana é de fundamental importância para assegurar uma nutrição adequada para o feto.
7. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
Durante a gravidez várias mudanças ocorrem no corpo da mulher
7.1.O PRIMEIRO TRIMESTRE
Os trimestres são um meio conveniente de medir a gravidez. Entretanto , eles têm durações desiguais, e o terceiro trimestre varia de acordo com o tempo total da gravidez. O corpo da mulher faz um grande esforça durante o primeiro trimestre (1-12 semanas) para se adaptar ao embrião e à placenta em desenvolvimento.- A taxa metabólica aumenta em 10-25% , de modo que o corpo acelera todas as suas funções.- O rítmo cardíaco aumenta e o rítmo respiratório também aumenta à medida que mais oxigênio tem que ser levado ao feto e que mais dióxido de carbono é exalado. - As fibras musculares do útero ficam , rapidamente maiores e mais grossas, e o útero em expansão tende a pressionar a bexiga, aumentando a vontade de urinar.- O tamanho e peso dos seios aumentam rapidamente.- Os seios tornam-se mais sensíveis logo nas primeiras semanas de gravidez.- Surgem novos ductos lactíferos.- As auréolas dos seios escurecem, e as glândulas nelas situados, chamadas tubérculos de Montgomery , aumentam em número e tornam-se mais salientes.- Com o aumento do envio de sangue para os seios, as veias se tornam mais visíveis.
7.2.O SEGUNDO TRIMESTRE
Vai da 13ª à 18ª semana. No início desse trimestre, o útero em expansão ultrapassa a borda da pelve , o que resulta na perda gradual de cintura.- A musculatura do trato intestinal relaxa, provocando diminuição das secreções gástricas; a comida fica mais tempo no estômago.- Há menos evacuação pois o músculo intestinal está mais relaxado que o habitual.- Os seios podem formigar e ficar doloridos.- A pigmentação da pele tende a aumentar principalmente em áreas já pigmentadas como sardas, pintas , mamilos.- Pode aparecer a linea nigra .- As gengivas podem se tornar um tanto esponjosas devido à ação aumentada das hormônios da gravidez.- O refluxo do esôfago pode provocar azia, devido ao relaxamento do esfíncter no alto do estômago.- O coração trabalha duas vezes mais do que o de uma mulher não grávida, e faz circular 6 litros de sangue por minuto.- O útero precisa de mais 50% de sangue que habitualmente.- Os rins precisam de mais 25%de sangue do que habitualmente.
7.3.O TERCEIRO TRIMESTRE
Durante este trimestre (da 29ª semana em diante) , o feto em crescimento pressiona e restringe o diafragma. Por isso a mulher grávida respira mais rápida e profundamente, aspirando mais ar com cada inalação, o que aumenta o consumo de oxigênio.- A taxa de ventilação aumenta cerca de 40% , passando dos 7 litros de ar por minuto da mulher não - grávida para 10 litros por minuto , enquanto o consumo de oxigênio aumenta apenas 20%. A maior sensibilidade das vias respiratórias aos elevados níveis de dióxido de carbono no sangue pode resultar em falta de ar.- À medida que o feto cresce e o abdome aumenta de tamanho, as costelas inferiores da mulher são empurradas para fora.- Os ligamentos inclusive da pelve e dos quadris , ficam distendidos, o que pode causar desconforto ao caminhar.- Mãos e pés inchados , além de causarem desconforto, podem ser um sinal de pré-eclâmpsia.- Podem ocorrer dores nas costas , causadas pela mudança do centro de gravidade do corpo e por um ligeiro relaxamento das articulações pélvicas .- Os mamilos podem secretar colostro.- Aumenta a freqüência e a vontade de urinar.- Aumenta a necessidade de repousar e dormir.O peso do útero aumenta cerca de 20 vezes durante a gravidez, de cerca de 60 g , antes da gestação , para cerca de 1000 g, ao termo, e aumenta de tamanho de cinco a seis vezes. Ao fim da gravidez o útero tem de 30 a 35 cm de comprimento , de 20 a 25 cm de largura e cerca de 22 cm de profundidade. Sua capacidade terá aumentado de 700 a 1000 vezes, de aproximadamente 4 ml para de 4000 a 5000 ml.Durante a gravidez o suprimento sanguíneo uterino aumenta de 20 a 40 vezes. As artérias uterinas, que são a principal fonte do suprimento uterino, são ramos das ilíacas internas; passam para dentro e ao longo dos ligamentos largos e penetram no útero aproximadamente ao nível do orifício interno do colo. Sobem então por cada lado do útero e formam uma rede de arteríolas espirais que fornecem um amplo suprimento de sangue.As alterações dos vasos sanguíneos revertem rapidamente após o parto. Uma semana após , os vasos já retornaram ao seu tamanho primitivo.Modificações acentuadas ocorrem nas mamas durante a gravidez, devido ao desenvolvimento de tecido glandular quiescente. As mamas aumentam de tamanho e firmeza, e ficam nodulares. Freqüentemente aparecem estriações na pele. O aumento é perceptível algumas semanas após a concepção e continua por toda a gestação. Há também um aumento considerável na vascularização das mamas no início da gravidez, e as veias superficiais ficam mais proeminentes. Essas alterações são freqüentemente acompanhadas por uma sensação de dor, formigamento e peso nas mamas, no início da gestação, e são considerados sinais presuntivos de gravidez. Os mamilos ficam mais móveis , e será mais fácil para o bebê apreende-los para mamar. As glândulas de Montgomery ficam maiores.Há uma grande variação individual no aumento do tamanho das mamas , mas o aumento médio é de cerca de 700 g para cada mama.Uma alteração considerável ocorre dentro do próprio tecido mamário: (1) há proliferação do tecido glandular e (2) as células alveolares diferenciam-se ,tornando-se secretoras. À medida que ocorrem as modificações proliferativas, os ductos intramamários se alongam e ramificam. Alvéolos e lóbulos desenvolvem-se nas pontas de muitos dos ramos, até, finalmente, haver uma grande glândula composta de cada mama , com muitos lóbulos e alvéolos.Há uma proliferação progressiva do tecido glandular durante a gravidez. Os dutos alongam-se muito e os alvéolos e lóbulos desenvolvem-se nas extremidades de muitos dos ramos. Com o aumento da atividade secretória ao fim da gravidez, os alvéolos e dutos ficam distendidos pelo colostro. Na mama em lactação os alvéolos e dutos ficam distendidos por leite.Após um certo estágio de proliferação do tecido glandular durante o primeiro trimestre, as células alveolares começam a diferenciar-se no segundo . Muitas dessas células tornar-se-ão secretórias e serão capazes de secretar leite. Pelo fim do segundo trimestre, uma pequena quantidade de líquido fino e amarelado, chamado colostro é secretado para os dutos.O abdome modifica de contorno à medida que o Útero em crescimento estende-se para dentro da cavidade abdominal, ocupando-a cada vez mais, ata que o feto contido pelo útero fica completamente dentro dela. Os músculos abdominais sustentam grande parte do peso do feto.Durante a última parte da gravidez, estrias ondulares, irregulares e discretamente deprimidas se desenvolvem freqüentemente na pele do abdome e , às vezes, também na das mamas, quadris e parte superior das coxas. Essas estrias são chamadas de estrias gravídicas. As recentes são de coloração rosa pálido ou azuladas. Após o parto adquirem o aspecto prateado brilhante de tecido cicatricial. Em uma mulher que tenha tido filhos poderá haver estrias novas e antigas, sendo as resultantes da primeiras gestações prateadas e brilhantes , e chamadas de estriae albicantes, ao passo que as novas são rosadas ou azuladas.As estrias surgem nas áreas de distensão máxima : o abdome, as mamas e as coxas. A gordura subcutânea aumenta na gravidez, e distende a pele acima dela. Um considerável aumento de peso na gestação, a obesidade desde o início da gravidez, uma distensão incomum da pele abdominal e a retenção hídrica e o edema generalizado, todos esses fatores têm probabilidade de aumentar a distensão da pele. Algumas mulheres são muito mais susceptíveis do que outras à separação do tecido conjuntivo da pele; é por isso que têm muitas estrias, ao passo que outras, com distensão igual, têm poucas ou nenhuma.Estrias abdominais em mulheres não grávidas podem estar ocasionalmente associadas à distensão abdominal, a um acentuado aumento da gordura ou a um tumor abdominal as dos quadris e coxas podem ser devidas às alterações pós-puberais normais.
8.CUIDADOS COM AS MAMAS E MAMILOS
A importância de um porta-seios bem ajustado já foi mencionada. Além disso, se a gestante está planejando amamentar, aconselha-se alguma preparação especial dos seios e mamilos. Tem sido dispensada grande importância ao endurecimento dos mamilos para prepará-los para a ação escoriadora e distensiva da sucção durante a amamentação ao seio. Alguns autores recomendam que se evite o uso de sabão nos mamilos durante a gravidez e a lactação. Acredita-se que dessa forma se evita o ressecamento e a formação de fissuras, estimulando o mecanismo de proteção natural do organismo. Normalmente as células mortas formam uma cobertura protetora para os mamilos enquanto a secreção abundante proveniente das glândulas sebáceas e sudoríparas mantém a pele flexível e num estado normal de acidez. A lavagem freqüente com o sabão tende a remover todas essas substâncias. O roçar delicado da vestimenta da gestante é com freqüência um método eficaz para massagear os mamilos. A mulher pode não utilizar porta-seios durante algumas horas do dia , ou, se utiliza um modelo destinado a nutrizes, pode abaixar o protetor do bico, permitindo assim que este entre em contato com o vestuário durante algumas horas. A fricção para secagem com uma toalha grossa constitui ainda outra maneira de gradualmente endurecer os mamilos para a amamentação.
9.EXERCÍCIO
O exercício é benéfico à saúde na medida em que melhora a circulação, aumenta o apetite e a digestão, incrementa a função intestinal, promove um sono repousante e diverge a atenção das responsabilidades rotineiras. O caminhar é particularmente recomendado. Muitas mulheres voltadas ao exercício físico continuam a nadar, ou jogar tênis durante a gestação. Para aquelas mais sedentárias, entretanto, a gravidez não representa uma época muito adequada para iniciar programas de exercícios físicos extenuantes.Tanto a mulher ativa quanto a sedentária devem evitar a fadiga, sendo aconselhável que parem o exercício quando começarem a se sentir cansadas. A moderação é o melhor lema.
10.BIBLIOGRAFIASTOPPARD, Miriam, O corpo da mulher, um guia para a vida.
ZIEGEL, Erna e CRANLEY, Mecca: Enfermagem Obstetrícia;
Interamericana sétima edição Rio de Janeiro
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terça-feira, 12 de outubro de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
TESTE DO OLHINHO

O reflexo avermelhado ocorre porque os meios oculares - córnea, cristalino, vítreo - encontram-se transparentes. A cor se deve à própria cor da retina. “A ausência do reflexo vermelho ou a presença de reflexos diferentes em um ou nos dois olhos podem significar a presença de alguma alteração congênita ou neonatal. Nestes casos, a criança deve ser encaminhada imediatamente ao oftalmologista”, explica Maria Carrari.
Após o nascimento, o teste também pode ser realizado nas consultas rotineiras em crianças maiores, de qualquer idade, pois muitas doenças passíveis de diagnóstico pelo método podem aparecer mais tardiamente.

Trata-se de um exame muito simples, rápido e indolor. O único equipamento necessário é um oftalmoscópio direto. A sala do exame deve ser escurecida, deve segurar com delicadeza a cabeça do bebê. O oftalmoscópio deve ser posicionado a uma distância de aproximadamente 30 cm de cada olho do bebê, e o reflexo vermelho deve ser visto facilmente, homogêneo e simétrico em ambos os olhos. O teste pode ser realizado em menos de 5 minutos Quando conseguir identificar o reflexo vermelho de ambos os olhos, o resultado é “normal”, mas se tiver dificuldade, o bebê deve ser encaminhado ao oftalmologista com urgência.
Doenças detectáveis:
O “TESTE DO OLHINHO” pode detectar qualquer patologia que cause obstrução no eixo visual como catarata, glaucoma congênito e qualquer outra patologia ocular que cause opacidade de meios, como opacidades congênitas de córnea, tumores intra-oculares grandes, inflamações intra-oculares importantes ou hemorragias intra-vítreas.
A catarata congênita ocorre em 0.4% dos nascidos vivos e é uma importante causa de cegueira infantil, especialmente nos países “em desenvolvimento”, devido à alta incidência de infecções congênitas, como a rubéola. Nos países do “primeiro mundo”, a maior causa de catarata congênita é genética, geralmente herdada de forma autossômica dominante. Pode ser uni ou bilateral. Ao incidirmos a luz do oftalmoscópio direto sobre as pupilas de um bebê com catarata congênita, o reflexo vermelho não será visto de maneira clara ou uniforme. (Figura 1)
O glaucoma congênito é na maioria das vezes herdado de forma autossômica recessiva e ocorre em aproximadamente 1 para cada 10:000 nascidos vivos. É geralmente bilateral e assimétrico. O aumento de pressão intra-ocular provoca rupturas no endotélio corneano, levando a edema de córnea. O edema de córnea impede a entrada normal de luz para dentro do olho, o que poderá ser visto ao ser realizado o teste do reflexo vermelho (Teste do Olhinho).
FIGURA 1 – Catarata congênita vista pelo “reflexo vermelho” (em cima) e com a iluminação “em fenda”
FIGURA 2 – Glaucoma congênito com edema de córnea
Entretanto, é importante salientar que este teste é um “screening” para todo bebê normal e não detecta a retinopatia da prematuridade. Caso o bebê seja prematuro (com menos de 32 semanas de gestação ou com peso de nascimento inferior a 1500g), o oftalmologista deve ser chamado para realizar exame de mapeamento de retina entre a quarta e a sexta semana de vida extra-uterina do prematuro.
Fonte:
http://www.testedoolhinho.ufc.br/informa/altas_ametropias.html
http://www.informada.com.br/Site/Conteudo.aspx?Id=313
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxOGqderCtu87tdurAcU1wpPgXGKG8cXREAtoja_3JvWWUBvoQiPPVK8n7V50jJPAqSxv3uS_NbYTZ9jK9f4xJwqWthkV9RFbD2z6qi4KtyqKR8iKG4FbFPL29hWf3lYA-85Dyut-oxFyA/s640/teste+do+olhinho.jpg
http://www.sbop.com.br/sbop/site/interna.asp?campo=60&secao_id=32
http://www.informada.com.br/Site/Conteudo.aspx?Id=313
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http://www.sbop.com.br/sbop/site/interna.asp?campo=60&secao_id=32
TESTE DA ORELHINHA

O exame é realizado por uma fonoaudióloga, na maternidade, aproximadamente 48 horas após o nascimento. Tem a duração de 3 a 5 minutos, e é realizado preferencialmente com o bebê dormindo. Não tem nenhuma contra-indicação e não exige nenhuma intervenção invasiva (uso de agulhas, sedação ou eletrodos).
O objetivo do exame é detectar precocemente a deficiência auditiva. Não avalia o grau da perda, mas é capaz de detectar possíveis alterações auditivas nos primeiros meses de vida, possibilitando uma intervenção precoce que propiciará à criança um desenvolvimento de fala e linguagem próximo da normalidade.
Através de um pequeno fone de ouvido, são emitidos sons de fraca intensidade no canal auditivo. As células ciliadas externas da cóclea ("caracol" do ouvido) captam estes estímulos auditivos e mandam uma resposta de volta para o canal auditivo. Esta resposta é amplificada e registrada. Se o bebê passar no teste significa que há integridade das células ciliadas externas da cóclea e, conseqüentemente o bebê está escutando bem. Se o bebê falhar no teste deverá ser reavaliado após 15 dias.
Se falhar novamente no reteste, será encaminhado ao médico otorrinolaringologista para exames complementares que diagnosticarão a deficiência auditiva.Caso a deficiência auditiva seja confirmada, será iniciada a intervenção clínica-educacional (uso de Aparelho de Amplificação Sonora, orientações, terapia fonoaudiológica, etc.), a fim de que as dificuldades com a comunicação sejam minimizadas.
Sua Importância
A audição é fundamental para a aquisição e o desenvolvimento da fala e da linguagem. Qualquer problema auditivo deve ser detectado precocemente (antes dos 3 meses de idade) com intervenção clínica-educacional visando aproveitar o período crítico e optimal de estimulação.
Estudos mostram que a criança deficiente auditiva que for diagnosticada e iniciar intervenção antes dos 6 meses de idade, obtém um desenvolvimento adequado da linguagem, independente do grau da perda auditiva.
O "Teste da Orelhinha" é tão importante quanto o "Teste do Pezinho" e deve ser realizado em todos os bebês, mesmo nos nascidos em condições normais de parto, sem antecedentes de casos de surdez na família ou fatores de risco aparentes. Isto porque apenas 30 a 50 % das crianças com deficiência auditiva apresentam 1 ou mais indicadores de risco. Nas demais, a deficiência auditiva é atribuida
a causas desconhecidas.

Estatísticas indicam que em cada 1.000 recém-nascidos 3 apresentam algum tipo de perda auditiva. Esse número aumenta para 2 a 4 em cada 100 recém-nascidos que foram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Recomenda-se que o exame seja realizado na maternidade antes da alta do bebê, entretanto o teste pode ser feito em qualquer faixa etária.
Caso o seu bebê não tenha passado pelo exame faça-o já!
O Comitê Americano sobre Perdas Auditivas na Infância (Joint Committee on Infant Hearing) recomenda a identificação de crianças de risco para perdas auditivas pela utilização de uma lista de indicadores de risco, e a realização de triagem auditiva neonatal universal.
Os indicadores de risco para a deficiência auditiva segundo JCIH - 2000 são os seguintes:
Do nascimento aos 28 dias:
História familiar de deficiência auditiva na infância
História familiar de deficiência auditiva na infância
Sinais ou síndromes associadas à deficiência auditiva condutiva ou neurossensorial
Anomalias crânio-faciais, incluindo anormalidades morfológicas do pavilhão auricular e conduto auditivo externo
Infecções intra-uterinas como citomegalovírus, rubéola, toxoplasmose, sífilis e herpes
Admissão por 48h ou mais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Admissão por 48h ou mais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Peso abaixo de 1500 g
Hierbilirrubinemia ( em níveis que indiquem exasanguineotransfusão)
Medicação ototóxica por mais de 48h, incluindo os aminoglicosídeos, associados ou não com diuréticos de alça
Meningite bacteriana
Apgar de 0 a 4 no 1° minuto ou 0 a 6 no 5° minuto
Ventilação mecânica por período maior de 48h
Dos 29 dias aos 2 anos de idade:
Preocupação/suspeita dos pais com relação ao desenvolvimento da fala, linguagem ou audição
Meningite bacteriana e outras infecções associadas com perda auditiva neurossensorial
Traumatismo crânio-encefálico acompanhado de perda de consciência ou fratura de crânio
Estigmas ou sinais de síndromes associadas a perdas auditivas condutivas e/ou neurossensoriais
Medicamentos ototóxicos
Informações Básicas
Em 1978, o inglês David Kemp descobriu que a cóclea (estrutura localizada no ouvido interno) era capaz de produzir sons e não somente de recebê-los. Essa energia sonora produzida na cóclea, denominada Emissões Otoacústicas (EOA) pode ser captada e registrada através de um microcomputador e de um pequeno fone introduzido no meato acústico externo (canal do ouvido). Sons de fraca intensidade são emitidos através do aparelho que movimentam as células ciliadas externas da cóclea. A resposta à esta estimulação é então registrada.
As EOA estão presentes nos indivíduos com audição funcionalmente normal e deixam de ser detectadas quando os limiares tonais estiverem acima de 20-30 dB.
Por ser rápido, de fácil aplicabilidade, objetivo e não invasivo, o "Teste da Orelhinha" é um exame com o perfil ideal para triagem auditiva em escolares e neonatos. É também de grande utilidade na avaliação audiológica de crianças com comprometimento neurológico e/ou emocional, que não conseguem responder bem na audiometria convencional.
Otite média de repetição/persistente, com efusão por pelo menos 3 meses.
Mesmo que seu bebê não tenha nenhum dos indicadores de risco acima relacionados, não deixe de realizar a triagem auditiva neonatal por meio do exame de Emissões Otoacústicas, pois aproximadamente 50% das deficiências auditivas em crianças é atribuída a causas desconhecidas.
Mesmo que seu bebê não tenha nenhum dos indicadores de risco acima relacionados, não deixe de realizar a triagem auditiva neonatal por meio do exame de Emissões Otoacústicas, pois aproximadamente 50% das deficiências auditivas em crianças é atribuída a causas desconhecidas.
Fonte:
TESTE DO PEZINHO

A Triagem Neonatal
– Teste do Pezinho –foi incorporada ao SUS no ano de 1992 (Portaria GM/MS n.º 22, de 15 de Janeiro de 1992) com uma legislação que determinava a obrigatoriedade do teste em todos os recém-nascidos vivos e incluía a avaliação para Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito.
O procedimento foi então incluído na tabela SIA/SUS na seção de Patologia Clínica, podendo ser cobrado por todos os laboratórios credenciados que realizassem o procedimento.
No ano de 2001, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Assistência à Saúde, empenhou-se na reavaliação da Triagem Neonatal no SUS, o que culminou na publicação da portaria ministerial (Portaria GM/MS n.º 822, de 6 de junho de 2001) que criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).
O Teste do Pezinho também conhecida como triagem neonatal é um exame laboratorial simples que tem o objetivo de detectar um grande número de doenças congênitas, relacionadas a distúrbios do metabolismo e infecções que são realizados pela análise de gotas de sangue do neonato, em papel de filtro. As amostras são coletadas do calcanhar do recém-nascido, por isso o exame ficou popularmente conhecido como Teste do Pézinho.
A maioria das doenças pesquisadas pode ser tratada com sucesso desde que identificadas antes mesmo de manifestar seus sintomas claramente, para pais e médicos. Todos os recém-nascidos devem ser submetidos ao teste. O teste do pezinho leva esse nome, pois a coleta de sanguepara exame é feita a partir de um furinho feito no calcanhar do Bebê. Ele é feito nesse local, pois é uma região rica em vasos sanguíneos podendo ser feita rapidamente com apenas um furinho. Esse teste é feito nas próprias maternidades e o ideal é qjue seja feito entre o 3 e ao 7 de vida.
Ele é capaz de salvar muitas vidas, pois é capaz de prevenir doenças graves causadoras de sequelas irreparáveis no desenvolvimento mental e físico, ou seja com um diag´nóstico precoce do bebê poderá ter um tratamento adequado, ainda em seus primeiros meses de vida. O teste do pezinho é obrigatório por lei em todo o Brasil
PASSO A PASSO
Toda criança nascida em território nacional tem o direito à triagem neonatal (Teste do Pezinho). Mas, para que este alcance o seu objetivo primordial de detectar algumas doenças que podem causar seqüelas graves ao desenvolvimento e crescimento, o teste deve ser feito no momento e da forma adequados.
O momento para a coleta, preferencialmente, não deve ser inferior a 48 horas de alimentação protéica (amamentação) e nunca superior a 30 dias, sendo o ideal entre o 3º e o 7º dia de vida. As gestantes devem ser orientadas, ao final de sua gestação, sobre a importância do teste do pezinho e procurar um posto de coleta ou um laboratório indicado pelo pediatra dentro deste prazo.
Desde a publicação da Portaria GM/MS nº 822 (Portaria Nº 822), assinada pelo Ministro José Serra, em 6 de junho de 2001, criando o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), todos os Estados brasileiros contam com pelo menos um Serviço de Referência em Triagem Neonatal e diversos postos de coleta para o Teste do Pezinho, espalhados por todos os municípios de cada Estado. Através do Serviço de Referência em Triagem Neonatal ou da própria Secretaria Municipal de Saúde, pode-se obter o endereço das Unidades de Coleta.
O PNTN prevê o diagnóstico de quatro doenças: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Hemoglobinopatias e Fibrose Cística. Os exames realizados em cada Estado serão aqueles para os quais está habilitado a fazer, conforme as fases de implantação estabelecidas pelo Ministério da Saúde, a saber:
Fase I : Hipotireoidismo congênito e fenilcetonúria;
Fase II: Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e hemoglobinopatias;
Fase III: Hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, hemoglobinopatias e fibrose cística.
Os laboratórios privados realizam testes para outras doenças, cabendo ao pediatra selecionar as que são de interesse.
Ao comparecer ao posto de coleta, será feita uma ficha cadastral da criança com dados de identificação. É importante que a mãe dê todas as informações de forma clara, principalmente o endereço, já que, se o resultado estiver alterado, esta criança precisará ser localizada com rapidez.
Após a identificação, a coleta será realizada por uma enfermeira especialmente treinada. Todo o material necessário para a punção deverá ser descartável, bem como as luvas que serão utilizadas pela coletadora. O procedimento de coleta segue normas internacionais. Após a coleta, o papel-filtro deve ser mantido em temperatura ambiente até a secagem completa do sangue, pelo menos 2 (duas) horas, e depois ser acondicionado conforme a orientação de cada laboratório.
O exame colhido será encaminhado a um laboratório central (seja ao laboratório do Serviço de Referência em Triagem Neonatal, seja a um laboratório privado), onde os exames deverão ser processados com a maior rapidez possível. Os Laboratórios de Referência encaminharão os resultados de volta ao posto de coleta, onde a família poderá obtê-lo para apresentação ao pediatra que acompanha a criança. Os laboratórios privados informarão às famílias sobre a entrega dos resultados, de acordo com as suas rotinas.
Nos casos com resultados de triagem alterados, o laboratório central deve acionar o posto de coleta para que entre em contato com a família e trazer a criança para a realização de exames confirmatórios.
Importante: o Teste do Pezinho é apenas um teste de triagem. Um resultado alterado não implica em diagnóstico definitivo de qualquer uma das doenças, necessitando, de exames confirmatórios.
Os profissionais que realizam a coleta são treinados para o trabalho de localização e orientação aos pais sobre as doenças triadas.
É fundamental que as famílias saibam que a maior parte das doenças triadas no Teste do Pezinho são assintomáticas no período neonatal e que, portanto, não devem demorar em procurar a confirmação diagnóstica dos casos suspeitos. O risco é gerar seqüelas graves e irreversíveis no desenvolvimento da criança, que só serão perceptíveis tardiamente. Dependendo da doença detectada, pode-se obter adequada orientação sobre o tratamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, que contam com uma equipe multidisciplinar especializada, ou buscar apoio com especialistas.
No caso do hipotireoidismo congênito, o tratamento se baseia na reposição do hormônio tireoidiano T4 (L-tiroxina), porém as doses devem ser personalizadas, já que cada criança tem necessidades individuais. O ajuste de dose deve ser supervisionado por um endocrinologista. A fenilcetonúria requer uma dieta especial, com restrição de proteínas em geral. Em alguns casos, a mãe será orientada a suspender o aleitamento e substituí-lo por um leite especial com baixos níveis de fenilalanina.
As demais doenças triadas requerem orientações específicas que podem ser obtidas com o pediatra, nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal ou junto ao laboratório que realiza o exame.
# Importante: é fundamental que a família saiba que o tratamento só deve ser interrompido sob orientação médica.

Existem versões do teste do pezinho capazes de identificar mais de 30 doenças, mas apenas fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito são habitualmente detectadas nos programas nacionais em todo o mundo.
FENILCETONÚRIA
Distúrbio genético no qual um dos aminoácidos presentes no leite pode prejudicar a saúde do bebê causando retardo mental grave.
HIPOTIREOIDISMO
A falta do hormônio produzido na glândula tireóide causa deficiência mental e retardo de crescimento.
HIPERPLASIA ADRENAL
Distúrbio no metabolismo que pode levar à desidratação aguda e na menina, a masculinização dos órgãos genitais.
FIBROSE CÍSTICA
Doença genética que causa problemas respiratórios e gastrointestinais crônicos
DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE
A carência da biotina pode levar a convulsões, falta de equilíbrio, hipotonia, lesões na pele, perda de audição, retardo no desenvolvimento a acidose metabólica.
TOXOPLASMOSE
Infecção adquirida pela gestante que, se transmitida ao feto, pode causar microcefalia, lesões oculares entre outros.
G6PD
A deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase é a enzimopatia mais comum podendo apresentar grave icterícia neonatal ("amarelão") ou anemia hemolítica (ruptura dos glóbulos vermelhos)
RUBÉOLA
Infecção viral transmitida pela mãe ao feto que pode causar deficiência mental, retardo no crescimento, deficiência auditiva, defeitos cardíacos, catarata, lesões ósseas e outros problemas.
ANEMIA FLACIFORME
As hemoglobinopatias são doenças causadas por anormalidades na estrutura molecular ou na produção da hemoglobina "S". Crianças com hemoglobina anormal são altamente suscetíveis à anemia e infecções.
MCAD
Distúrbio Genético que interfere na utilização dos Ácidos Graxos como fonte de energia para o organismo. É uma doença genética potencialmente fatal que pode provocar o quadro de Síndrome da Morte Súbita.
SÍFILIS
A criança que adquire essa doença durante a gestação pode apresentar, ao nascimento, problemas de pele, ossos, baço, fígado e sistema nervoso. Em alguns casos, a doença só se manifesta após alguns anos.
CITOMEGALOVIROSE
Entre as manifestações associadas à infecção congênita pelo citomegalovírus estão a hidrocefalia, calcificações cerebrais e seqüelas visuais, auditivas e mentais.
DOENÇA DE CHAGAS
Parasitose que, quando adquirida na gestação, pode se manifestar por anemia, febre, dores musculares, lesões ósseas e graus variados de problemas cardíacos.
AIDS
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida pode ser transmitida ao feto pela mãe contaminada pelo vírus HIV
MUTAÇÃO 35DEIG DE CONEXINA 26 ( SURDEZ CONGÊNITA NÃO SINDRÔMICA )
A mutação 35delG do gene da Conexina 26 é uma das causas mais comuns de Surdez Congênita não Sindrômica. Seu modelo de herança é autossômico recessivo. Em países desenvolvidos, 60% dos casos de surdez tem origem genética.
ESPECTROMETRIA DE MASSA EM TANDEM
A Espectrometria de Massa em Tandem é uma técnica que permite uma extensa pesquisa relacionada a Erros Inatos do Metabolismo dos ácidos orgânicos e dos aminoácidos.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Material necessário para coleta do Teste do Pezinho:
Luvas de procedimento;
Recipiente com álcool a 70%;
Pacotes de gazinha esterilizada ou algodão;
Lancetas esterilizadas descartáveis, com ponta triangular;
Envelopes com papel filtro;-
Pregadores de roupa;
Caneco de alumínio (capacidade de 1 litro);
Ebulidor elétrico;
Bolsa de água quente (20 X 25cm);
Garroteador de borracha (o mesmo para punção venosa).
O material relacionado acima pode ser colocado em uma maleta e estar disponível no posto de coleta,em visitas domiciliares ou em maternidades para a coleta em RN retidos.
Procedimentos:
1) Registro dos Dados:
- Antes da coleta deve-se preencher os dados da criança, com letra legível e sem abreviaturas e comcaneta esferográfica, no livro de registro, no envelope branco e no papel filtro. Se a criança ainda nãotem nome, colocar: RN de (nome da mãe). Os seguintes dados são necessários: nome completo;endereço completo (rua, número, bairro, cidade, telefone); data de nascimento; data da coleta; Unidadede Saúde e código da Unidade.
2) Aquecimento do pé do RN:
- Ferver ½ litro de água, com ebulidor ou no fogão e acrescentar ½ litro de água da torneira. Estamistura atinge em média 53° C e ao ser colocada na bolsa, reduz para 44°. Antes de se colocar amistura na bolsa, verificar se a mesma está fria. Retirar todo o ar da bolsa, para facilitar sua dobra aoser colocada no pé do bebê . Conferir com a mão se a temperatura não está muito excessiva.
- Manter o pé a ser aquecido coberto com uma peça fina (meia, sapatinho) e o outro também. Dobrar abolsa de modo a envolver o pé, fixando
-a com um garroteador de borracha ou elástico. Deixar a bolsade água quente por 5 minutos. Manter a criança com o pé abaixo do nível do coração.Este procedimento só deverá ser realizado quando necessário e sob atenta supervisão de todos ospassos, afim de evitar queimaduras no pé da criança.
3) Posição e Antissepsia:
- A mãe ou pai deve ficar em pé e segurar a criança em posição vertical (de arroto) ou inclinada (demamada).
- O técnico deve estar sentado e próximo à mesa com o material. Após retirar a bolsa de água quente,realizar a anti-sepsia com álcool a 70% embebido em algodão ou gazinha.
4) Punção: local e técnica:
- Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento.
- Envolver o pé e o tornozelo da criança com os dedos indicador e polegar, deixando exposta apenas aárea do calcanhar a ser puncionada.
- A punção deve ser feita em uma das áreas laterais da região plantar do calcanhar, para evitar atingir oosso calcâneo.
- Após a anti-sepsia e a secagem do álcool, penetrar toda a porção triangular da lanceta (ponta) nolocal escolhido, de modo a realizar um pequeno corte, pouco profundo. Fazer suavemente com alanceta, um movimento de rotação para a esquerda e para a direita, para alargar o corte.
- Retire com algodão seco ou gazinha a primeira gota que começa a se formar. Aguarde a formação deuma grande gota.
Fazer uma compressão leve com os dedos indicador e polegar envolvendo o calcanhar, seguida poruma descompressão. Esta manobra visa aumentar a circulação sanguinea e obter uma boa gota.
Fazer uma compressão leve com os dedos indicador e polegar envolvendo o calcanhar, seguida poruma descompressão. Esta manobra visa aumentar a circulação sanguinea e obter uma boa gota.
- Caso não sejam obtidas gotas suficientes após todas as manobras recomendadas, pegar outralanceta e puncionar outro ponto do mesmo pé. Após cada punção deve-se desprezar a lanceta.
5) Obtenção da gota:
- Assim que a gota se formar, aproximar o papel-filtro da mesma, encostando-a no meio do círculo dopapel-filtro.
- Caso não se obtenha uma gota de bom tamanho, deve-se conseguir outra gota e colocá-laexatamente em cima da primeira, nunca nos lados. Não se deve colocar mais de duas gotas no mesmocírculo.
- Verificar se o sangue preencheu todo o círculo e se está visível no verso do papel-filtro. Apóspreencher um círculo com até duas gotas, passar para o círculo seguinte, repetindo todas as manobras.
- Após a coleta, colocar a criança deitada, levantar o pé que foi puncionado e comprimir levemente olocal com algodão ou gaze.
6) Secagem :
- Logo após a coleta, o papel-filtro deve ser colocado para secar em temperatura ambiente e em localarejado, por um tempo mínimo de três horas. Não colocar o papel-filtro na geladeira imediatamenteapós a coleta.
- A secagem deve ser feita sempre com o papel-filtro na posição horizontal, utilizando-se suporte comhaste de metal ou pregadores de roupa.
- Após a secagem , colocar o papel-filtro dentro do envelope branco que contém a identificação dacriança. Os envelopes podem ser guardados em geladeira ou à temperatura ambiente por no máximotrês dias.
7) Conservação e Viabilidade das Amostras:
- Os envelopes com as amostras devem ser guardadas na geladeira (no meio ou parte baixa), dentro deum recipiente tampado (caixa de isopor ou de plástico), cobrindo-se os envelopes com uma toalha depapel para reter a umidade e evitar molhar as amostras.
8) Remessa das Amostras:
- A remessa dos envelopes para o laboratório deve ser feita pelo menos duas vezes por semana.Deve-se destacar a importância da agilidade no transporte dos exames, considerando-se que odiagnóstico e tratamento precoce de Hipotireoidismo e Fenilcetonúria, evitará sequelas neurológicasgraves e retardo mental.
9) Entrega dos Resultados:
- O NUPAD/ UFMG procura liberar os resultados em um prazo de três dias úteis após seu recebimento.Os resultados alterados são comunicados a Unidade de Saúde imediatamente após sua detecção pelolaboratório
.- Cabe à equipe da Unidade de Saúde, a responsabilidade de fazer a busca ativa da criança comresultado alterado e encaminhá-la para a consulta especializada no Hospital das Clínicas(Hipotireoidismo e fenilcetonúria) e Hemominas (Doenças Faciformes).
- No caso de detecção de Anemia Falciforme, o Instituto de Saúde da Mulher e da Criança, envia faxcom resultado dos exames, identificação da criança e consulta agendada no Hemominas.
10) Aconselhamento dos pais :
- A orientação dos pais sobre resultados alterados do Teste do Pezinho, doenças diagnosticadas(Hipotireoidismo, Fenilcetonúria e Doenças Falciformes), além do aconselhamento dos pais sobrecrianças portadoras de traço Falciforme (possibilidade de filhos com a doença), deve ficar a cargo doPediatra ou Enfermeiro da Unidade de Saúde. As equipes poderão utilizar como material de referênciapara as orientações aos familiares os documentos técnicos do NUPAD/UFMG, encaminhados a todosos Centros de Saúde.
VIII - Bibliografia:- Manual de Organização e Normas Técnicas para Triagem Neonatal
- NUPAD/ UFMG , Belo Horizonte,1998.
A importância do cuidado da equipe de enfermagem na pré e pós-coleta do Teste do Pezinho
Desde o pré-natal, nas unidades básicas de saúde, a enfermagem deve informar e orientar a gestante que, quando o seu bebê nascer fará um exame chamado teste do pezinho, no qual serão coletadas algumas gotinhas de sangue do calcanhar do bebê, para preveni-lo do retardo mental e de outros comprometimentos. Informe que é um exame gratuito e exigido por lei, portanto elas têm o direito aos resultados do exame e deve buscá-los na data prevista. Eles deverão apresentar os resultados ao pediatra que acompanha a criança, que fará a transcrição dos mesmos na carteira de vacinação. Assim, a futura mãe já estará informada e ciente de que deverá exigir o exame quando seu filho nascer.
A técnica correta de coleta das amostras de sangue para o teste do pezinho é um procedimento de enfermagem. O profissional deverá estar ciente do quê e por que irá fazer essa coleta. Deve haver uma preocupação no preenchimento da ficha de coleta, pois é nela que se encontram a informação necessária sobre a criança, e, se houver caso de reconvocação do bebê para nova coleta por resultado alterado ou erro técnico, a busca da mãe será mais rápida e eficiente. Realizar sempre o preparo psicológico da mãe e, se possível, intervir para que ela participe do momento da coleta (NUPAD/UFMG, 1998).
Segundo o Ministério da Saúde (2004), outro fator importante que deve ser ressaltado na realização do teste do pezinho, é a necessidade de um ambiente tranqüilo e sem umidade.
Portanto, o papel da enfermagem no teste do pezinho é extremamente importante e necessário, desde a informação às mães até a volta delas na busca do resultado do exame.
No entanto, para que o Programa Nacional de Triagem Neonatal tenha êxito, atingindo o seu maior objetivo, que é a prevenção das seqüelas, faz-se necessário um trabalho de base. Em um primeiro momento, a enfermagem, interagindo com as futuras mães ainda no pré-natal, com os familiares e até com as comunidades, informando as pessoas sobre a importância do teste do pezinho, por meio da conscientização, da sensibilização, pois, segundo Mazza (1998), é no processo de interação entre seres humanos que a enfermagem se desenvolve.
De acordo com Marton (2002), a enfermagem, é como um conjunto de ações interativas entre pessoas, visando ao bem-estar do outro em toda a sua complexidade, por meio de atitudes humanizadas de prevenção, cuidado e educação, e pode, por ações simples e rotineiras como a coleta de sangue para o teste do pezinho, ajudar crianças portadoras de doenças congênitas a atingirem um futuro mais promissor, evitando que seu desenvolvimento normal seja interrompido ou retardado.
Existem ainda outros fatores que devem ser observados pelos profissionais de enfermagem no momento da coleta. É muito importante, por exemplo, que o profissional coloque-se no lugar da mãe e principalmente do bebê, procurando sempre desenvolver a técnica preocupada, com uma concepção humanizada para "o cuidar", visando o bem-estar e o conforto do cliente, e não o que é mais fácil e mais cômodo para si, ou seja, nunca apertar a perna nem o pé do bebê, nunca girar a lanceta quando puncionar o calcanhar do recém-nascido e observar o local adequado para a punção, a fim de evitar seqüelas irreparáveis no pé da criança, destaca SILVA et al., (2003).
Na área da saúde, em especial na enfermagem, a educação permanente é um instrumento importante para inserir o profissional no cenário de mudanças. A qual deve ser entendida como um processo amplo que percorre toda a vida do indivíduo, garantindo o acesso ao conhecimento, propiciando o desenvolvimento profissional e pessoal, bem como a melhoria na qualidade da assistência, respaldada pela sistematização e humanização no processo assistencial da enfermagem.
Fonte:
http://www.testedopezinho.com.br/tipos04.html
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24916&janela=2
http://www.testedopezinho.com.br/1024/testes.html
2Ftestedopezinho.pdf+cuidados+de+enfermagem+no+teste+do+pezinho+manual&hl=pt-BR&gl=br
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-Geral de Atenção Especializada. Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Coordenação- Geral de Atenção Especializada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24916&janela=2
http://www.testedopezinho.com.br/1024/testes.html
2Ftestedopezinho.pdf+cuidados+de+enfermagem+no+teste+do+pezinho+manual&hl=pt-BR&gl=br
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação-Geral de Atenção Especializada. Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde, Coordenação- Geral de Atenção Especializada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
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