
O exame é realizado por uma fonoaudióloga, na maternidade, aproximadamente 48 horas após o nascimento. Tem a duração de 3 a 5 minutos, e é realizado preferencialmente com o bebê dormindo. Não tem nenhuma contra-indicação e não exige nenhuma intervenção invasiva (uso de agulhas, sedação ou eletrodos).
O objetivo do exame é detectar precocemente a deficiência auditiva. Não avalia o grau da perda, mas é capaz de detectar possíveis alterações auditivas nos primeiros meses de vida, possibilitando uma intervenção precoce que propiciará à criança um desenvolvimento de fala e linguagem próximo da normalidade.
Através de um pequeno fone de ouvido, são emitidos sons de fraca intensidade no canal auditivo. As células ciliadas externas da cóclea ("caracol" do ouvido) captam estes estímulos auditivos e mandam uma resposta de volta para o canal auditivo. Esta resposta é amplificada e registrada. Se o bebê passar no teste significa que há integridade das células ciliadas externas da cóclea e, conseqüentemente o bebê está escutando bem. Se o bebê falhar no teste deverá ser reavaliado após 15 dias.
Se falhar novamente no reteste, será encaminhado ao médico otorrinolaringologista para exames complementares que diagnosticarão a deficiência auditiva.Caso a deficiência auditiva seja confirmada, será iniciada a intervenção clínica-educacional (uso de Aparelho de Amplificação Sonora, orientações, terapia fonoaudiológica, etc.), a fim de que as dificuldades com a comunicação sejam minimizadas.
Sua Importância
A audição é fundamental para a aquisição e o desenvolvimento da fala e da linguagem. Qualquer problema auditivo deve ser detectado precocemente (antes dos 3 meses de idade) com intervenção clínica-educacional visando aproveitar o período crítico e optimal de estimulação.
Estudos mostram que a criança deficiente auditiva que for diagnosticada e iniciar intervenção antes dos 6 meses de idade, obtém um desenvolvimento adequado da linguagem, independente do grau da perda auditiva.
O "Teste da Orelhinha" é tão importante quanto o "Teste do Pezinho" e deve ser realizado em todos os bebês, mesmo nos nascidos em condições normais de parto, sem antecedentes de casos de surdez na família ou fatores de risco aparentes. Isto porque apenas 30 a 50 % das crianças com deficiência auditiva apresentam 1 ou mais indicadores de risco. Nas demais, a deficiência auditiva é atribuida
a causas desconhecidas.

Estatísticas indicam que em cada 1.000 recém-nascidos 3 apresentam algum tipo de perda auditiva. Esse número aumenta para 2 a 4 em cada 100 recém-nascidos que foram internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Recomenda-se que o exame seja realizado na maternidade antes da alta do bebê, entretanto o teste pode ser feito em qualquer faixa etária.
Caso o seu bebê não tenha passado pelo exame faça-o já!
O Comitê Americano sobre Perdas Auditivas na Infância (Joint Committee on Infant Hearing) recomenda a identificação de crianças de risco para perdas auditivas pela utilização de uma lista de indicadores de risco, e a realização de triagem auditiva neonatal universal.
Os indicadores de risco para a deficiência auditiva segundo JCIH - 2000 são os seguintes:
Do nascimento aos 28 dias:
História familiar de deficiência auditiva na infância
História familiar de deficiência auditiva na infância
Sinais ou síndromes associadas à deficiência auditiva condutiva ou neurossensorial
Anomalias crânio-faciais, incluindo anormalidades morfológicas do pavilhão auricular e conduto auditivo externo
Infecções intra-uterinas como citomegalovírus, rubéola, toxoplasmose, sífilis e herpes
Admissão por 48h ou mais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Admissão por 48h ou mais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal
Peso abaixo de 1500 g
Hierbilirrubinemia ( em níveis que indiquem exasanguineotransfusão)
Medicação ototóxica por mais de 48h, incluindo os aminoglicosídeos, associados ou não com diuréticos de alça
Meningite bacteriana
Apgar de 0 a 4 no 1° minuto ou 0 a 6 no 5° minuto
Ventilação mecânica por período maior de 48h
Dos 29 dias aos 2 anos de idade:
Preocupação/suspeita dos pais com relação ao desenvolvimento da fala, linguagem ou audição
Meningite bacteriana e outras infecções associadas com perda auditiva neurossensorial
Traumatismo crânio-encefálico acompanhado de perda de consciência ou fratura de crânio
Estigmas ou sinais de síndromes associadas a perdas auditivas condutivas e/ou neurossensoriais
Medicamentos ototóxicos
Informações Básicas
Em 1978, o inglês David Kemp descobriu que a cóclea (estrutura localizada no ouvido interno) era capaz de produzir sons e não somente de recebê-los. Essa energia sonora produzida na cóclea, denominada Emissões Otoacústicas (EOA) pode ser captada e registrada através de um microcomputador e de um pequeno fone introduzido no meato acústico externo (canal do ouvido). Sons de fraca intensidade são emitidos através do aparelho que movimentam as células ciliadas externas da cóclea. A resposta à esta estimulação é então registrada.
As EOA estão presentes nos indivíduos com audição funcionalmente normal e deixam de ser detectadas quando os limiares tonais estiverem acima de 20-30 dB.
Por ser rápido, de fácil aplicabilidade, objetivo e não invasivo, o "Teste da Orelhinha" é um exame com o perfil ideal para triagem auditiva em escolares e neonatos. É também de grande utilidade na avaliação audiológica de crianças com comprometimento neurológico e/ou emocional, que não conseguem responder bem na audiometria convencional.
Otite média de repetição/persistente, com efusão por pelo menos 3 meses.
Mesmo que seu bebê não tenha nenhum dos indicadores de risco acima relacionados, não deixe de realizar a triagem auditiva neonatal por meio do exame de Emissões Otoacústicas, pois aproximadamente 50% das deficiências auditivas em crianças é atribuída a causas desconhecidas.
Mesmo que seu bebê não tenha nenhum dos indicadores de risco acima relacionados, não deixe de realizar a triagem auditiva neonatal por meio do exame de Emissões Otoacústicas, pois aproximadamente 50% das deficiências auditivas em crianças é atribuída a causas desconhecidas.
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